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Voz Passiva Analítica e Sintética: Entenda Diferenças


Introdução

Sabemos que a língua portuguesa tem suas particularidades, e uma delas é a forma de expressar ações: a voz ativa, passiva analítica e passiva sintética. Apesar de parecerem complexas à primeira vista, são ferramentas essenciais para diversificar a escrita e dar ênfase ao que é importante na frase. Neste artigo, vamos explorar de forma detalhada e clara as diferenças entre voz passiva analítica e sintética, além de fornecer exemplos, dicas e esclarecimentos importantes para que você domine esses conceitos com facilidade.

O Que É Voz Passiva?

Antes de mergulharmos nas diferenças entre analítica e sintética, é fundamental entender o conceito de voz passiva como um todo.

"A voz passiva é uma forma de construir uma frase onde o sujeito recebe a ação, ao invés de executá-la."

A voz passiva é utilizada com o objetivo de destacar o elemento que sofre a ação, deixando em segundo plano quem realiza essa ação, ou para dar um tom mais formal à comunicação.

Voz Passiva Analítica e Sintética: Definições

Voz Passiva Analítica

A voz passiva analítica é composta por duas partes principais: o verbo auxiliar "ser" conjugado no tempo adequado, seguido do particípio do verbo principal.

Como Funciona?

  • O sujeito passa a receber a ação;
  • O verbo é formado pelo verbo "ser" + particípio do verbo principal;
  • Geralmente, usamos a forma "é" + particípio, na presente, ou outros tempos e modos.

Exemplo de Voz Passiva Analítica

Frase na Voz AtivaFrase na Voz Passiva Analítica
O gerente analisa os relatórios.Os relatórios são analisados pelo gerente.

Voz Passiva Sintética

A voz passiva sintética, também conhecida como voz passiva pronominal, é mais concisa. Ela se forma com o uso do pronome relativo "se" junto ao verbo na terceira pessoa.

Como Funciona?

  • Não é necessário o uso de uma forma composta com o verbo "ser";
  • Geralmente, a sentença fica mais curta e direta;
  • O sujeito sofre a ação sem a necessidade de repetir o agente.

Exemplo de Voz Passiva Sintética

Frase na Voz AtivaFrase na Voz Passiva Sintética
Os alunos entregaram o trabalho.O trabalho se entregou pelos alunos.

Comparativo entre Voz Passiva Analítica e Sintética

Para facilitar nosso entendimento, criamos uma tabela ilustrativa com as principais diferenças entre as duas formas:

CaracterísticaVoz Passiva AnalíticaVoz Passiva Sintética
FormaçãoVerbo "ser" + particípio + agente (quando necessário)Pronome "se" + verbo na terceira pessoa
FormaMais formal e elaboradaMais informal e curta
EstruturaMais words (mais palavras)Menos palavras
Uso comumTextos acadêmicos, jurídicos, formaisUso cotidiano, jornalístico, informal
Exemplo típico"Os projetos são aprovados pelos gestores.""Os projetos se aprovam pelos gestores."

Como Identificar e Usar Corretamente

Dicas para usar a voz passiva analítica

  • Ideal para textos formais e acadêmicos;
  • Use quando desejar dar ênfase ao objeto recebido pela ação;
  • Não exagere para evitar redundâncias.

Dicas para usar a voz passiva sintética

  • Perfeita para textos informais, jornalísticos e cotidianos;
  • Use quando desejar uma narrativa mais objetiva;
  • Precisa de atenção para não gerar ambiguidades.

Lista de passos para transformar uma frase ativa em voz passiva

  1. Identifique o verbo na frase ativa;
  2. Reforce o objeto que sofre a ação como sujeito da frase passiva;
  3. Escolha a forma da voz passiva analítica ou sintética;
  4. Faça as alterações necessárias na estrutura da frase.

Casos de Uso e Exemplos Práticos

Quando optar pela voz passiva analítica?

  • Quando se precisa de uma linguagem mais formal;
  • Para textos acadêmicos, jurídicos ou científicos;
  • Quando quer-se destacar o objeto da ação.

Quando preferir a voz passiva sintética?

  • Para textos jornalísticos, notícias e textos mais curtos;
  • Quando a oratória ou a escrita informal for prioridade;
  • Para dar dinamismo ao texto.

Exemplos de frases em diferentes contextos

  1. Ativa: A diretoria aprovou a proposta.
    Passiva Analítica: A proposta foi aprovada pela diretoria.
    Passiva Sintética: A proposta se aprovou pela diretoria.

  2. Ativa: Os engenheiros construíram a ponte.
    Passiva Analítica: A ponte foi construída pelos engenheiros.
    Passiva Sintética: A ponte se construiu pelos engenheiros.


Análise de uma Tabela Completa

A seguir, apresentamos uma tabela que resume as diferenças entre as vozes passivas de forma clara e objetiva:

AspectoVoz Passiva AnalíticaVoz Passiva Sintética
ComposiçãoVerbo "ser" + particípio + agente (quando há)Pronome "se" + verbo na terceira pessoa
FormalidadeMais formalMais informal
Verbos utilizados"Ser", "estar" + particípioVerbo na terceira pessoa do singular ou plural + "se"
Principal vantagemClareza e ênfase no objeto da açãoConcisão e objetividade
DesvantagemPode soar mais rebuscada ou formal demaisPode gerar ambiguidades em frases complexas

Frases de Impacto e Citações

"Na comunicação, o modo como expressamos o que sentimos ou pensamos muitas vezes é mais importante do que o que exatamente dizemos." — Desconhecido

Ao compreender a diferença entre as vozes passivas analítica e sintética, conseguimos não apenas aprimorar nossa escrita, como também garantir maior clareza, precisão e adequação ao contexto de nossa comunicação.


Conclusão

Dominar as diferenças entre voz passiva analítica e sintética é essencial para aprimorar a escrita formal e informal.

Lembre-se: - Use a voz passiva analítica quando desejar maior formalidade, clareza e ênfase; - Prefira a voz passiva sintética para situações que requerem rapidez, concisão e linguagem mais informal.

Nosso objetivo foi esclarecer os conceitos, apresentando exemplos práticos, dicas e comparativos que certamente facilitarão sua compreensão e uso no dia a dia.


Perguntas Frequentes (FAQ)

1. Qual a principal diferença entre voz passiva analítica e sintética?
- A passiva analítica é composta por verbo "ser" + particípio, enquanto a sintética é formada pelo pronome "se" mais o verbo na terceira pessoa.

2. Podemos usar as duas formas na mesma frase?
- Não, é preferível manter uma consistência na frase; escolha a que melhor atende ao contexto.

3. Em que tipos de textos a voz passiva analítica é mais indicada?
- Textos acadêmicos, jurídicos, científicos e notebooks formais.

4. E a voz passiva sintética?
- É mais comum em textos jornalísticos, conversas informais e notícias rápidas.


Referências

  • Real Academia Brasileira de Letras (1999). Gramática Normativa da Língua Portuguesa.
  • Celso Pedro Luft (2008). Gramática Escolar da Língua Portuguesa.
  • Ilza Suqueta de Barros. Gramática Portuguesa:Teoria e Prática.
  • Artigos e materiais online de referência em gramática portuguesa.

Esperamos ter ajudado a esclarecer as dúvidas sobre o tema. Bons estudos e boas escritas!


Autor: MDBF

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