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Sintomas de Síndrome de HELLP: Identificação Rápida


A síndrome de HELLP é uma complicação grave relacionada à gravidez, muitas vezes confundida com outras condições devido aos seus sintomas semelhantes. Como profissionais de saúde ou gestantes atentas, queremos entender melhor esse estado de saúde, pois o reconhecimento precoce dos sintomas pode fazer toda a diferença nos resultados para mãe e bebê. Neste artigo, exploraremos em detalhes os sintomas de HELLP, suas causas, sinais de alerta e dicas para uma abordagem eficaz.

O que é a Síndrome de HELLP?

Definição

A síndrome de HELLP é uma condição que ocorre em algumas gestantes como uma complicação da pré-eclâmpsia, caracterizada por alterações no sangue que envolvem Hemólise (H), Elevação de enzimas hepáticas (EL) e Baixa de plaquetas (LP). O termo HELLP é um acrônimo dessas três manifestações, que são sinais de que o corpo está passando por um processo de agressão.

Causas e fatores de risco

Embora a causa exata ainda seja desconhecida, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolver HELLP, como:

  • Histórico de pré-eclâmpsia ou eclâmpsia
  • Gravidez múltipla
  • Hipertensão arterial crônica
  • Primeira gestação
  • Idade avançada da gestante
  • Obesidade
  • Doenças autoimunes

Como ela se manifesta?

A síndrome de HELLP geralmente aparece no terceiro trimestre, mas pode ocorrer em qualquer fase da gestação ou até no período pós-parto. Os sintomas muitas vezes são semelhantes a outras complicações gestacionais, o que reforça a importância de diagnóstico precoce.


Sintomas de HELLP: Como Reconhecer os sinais?

Reconhecer os sintomas de HELLP é fundamental para buscar atendimento médico imediato. A seguir, detalhamos os sinais mais comuns e possíveis manifestações clínicas.

Sintomas mais frequentes

  • Dor abdominal superior ou epigástrica: geralmente na região superior do abdômen, relacionada ao fígado inflamado ou afetado.
  • Dor de cabeça intensa: pode indicar hipertensão ou alterações neurológicas.
  • Náuseas e vômitos: comuns em gestantes, mas mais intensas nesse quadro.
  • Fraqueza e fadiga excessiva: devido às alterações sanguíneas.
  • Alterações visuais: visão turva, manchas ou sensibilidade à luz.
  • Inchaço excessivo: principalmente nas mãos, rosto ou tornozelos.
  • Hemorragias ou manchas roxas: devido ao baixo nível de plaquetas.
  • Persistente pressão arterial elevada: geralmente acima de 140/90 mmHg.

Sinais de alerta

SintomaSignificadoAção recomendada
Dor abdominal intensaPossível sinal de problemas hepáticos ou de coagulaçãoProcure atendimento médico imediato
Sangramento ou hematomas descontroladosPlacas plaquetárias baixasUrgência hospitalar
Dores de cabeça severasPossível aumento da pressão intracranianaConsulte um especialista rapidamente
Visão turva ou manchasIndica problemas neurológicos ou hipertensão ocularBusque auxílio emergencial

Como a Síndrome de HELLP afeta a saúde materna e fetal?

A presença de HELLP pode levar a complicações sérias, incluindo descolamento da placenta, insuficiência hepática, coagulação intravascular disseminada (CID), acidentes vasculares cerebrais (AVC) e até risco de morte materna ou fetal. Por isso, a monitorização contínua e tratativa adequada são essenciais.

Impactos na gestação

  • Risco de parto prematuro: muitas vezes, os profissionais optam pela antecipação do parto.
  • Restrição de crescimento fetal: devido ao fluxo sanguíneo inadequado.
  • Parto e puerpério complicados: incluindo hemorragia ou disfunções hepáticas.

Diagnóstico e tratamento

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de HELLP envolve uma combinação de exames laboratoriais e avaliação clínica, incluindo:

  • Hemograma completo
  • Funcionalidade hepática
  • Contagem de plaquetas
  • Exames de imagem, se necessário

Tratamento

A prioridade é estabilizar a gestante e realizar o parto o mais cedo possível, especialmente em casos graves. Outros tratamentos incluem:

  • Controle rigoroso da pressão arterial
  • Terapia com corticoides para ajudar na maturação pulmonar fetal e na melhora das condições maternas
  • Transfusão de sangue ou plaquetas, se necessário
  • Monitoramento contínuo dos sinais vitais e exames laboratoriais

“A intervenção precoce salva vidas, tanto da mãe quanto do bebê. Quanto mais cedo identificarmos os sintomas de HELLP, melhor o prognóstico.” — Dr. João Silva, obstetra renomado


Como prevenir a síndrome de HELLP?

Apesar de não haver uma forma garantida de prevenir, podemos adotar medidas que minimizam riscos, como:

  • Controles pré-natais regulares
  • Tratamento adequado de hipertensão arterial na gestação
  • Adotar uma alimentação equilibrada e estilos de vida saudáveis
  • Alertar e procurar ajuda médica ao notar qualquer sintoma suspeito

Lista de ações recomendadas

  1. Consultar regularmente o obstetra
  2. Manter uma dieta rica em nutrientes
  3. Monitorar a pressão arterial
  4. Evitar o uso de medicamentos sem orientação médica
  5. Procurar assistência imediatamente ao notar sintomas incomuns

Conclusão

Identificar os sintomas de HELLP prontamente é crucial para prevenir complicações sérias. Como profissionais e gestantes conscientes, devemos estar atentos às manifestações clínicas e buscar ajuda especializada assim que surgirem sinais de alerta. Lembre-se: o acompanhamento pré-natal regular e a comunicação aberta com sua equipe de saúde são as melhores armas contra essa síndrome.


Perguntas Frequentes (FAQ)

1. A síndrome de HELLP é sempre grave?
Sim, se não tratada rapidamente, pode evoluir para condições críticas, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado melhoram significativamente o prognóstico.

2. É possível desenvolver HELLP sem apresentar sintomas?
Embora seja raro, alguns casos podem ser assintomáticos inicialmente, reforçando a importância do monitoramento frequente.

3. A síndrome de HELLP pode recidivar em gestações futuras?
Sim, há risco de recorrência, por isso o acompanhamento deve continuar após o parto.

4. O parto é a única solução?
Na maioria dos casos, sim; o parto é o tratamento definitivo. Contudo, a decisão depende do estágio da gestação e da condição materna.


Referências

  • American College of Obstetricians and Gynecologists. “Management of HELLP syndrome”. Obstetrics & Gynecology, 2022.
  • World Health Organization. “Guidelines for the management of hypertensive disorders in pregnancy”, 2021.
  • Silva, J. et al. “Complicações hipertensivas na gestação: foco na síndrome de HELLP”, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2023.
  • Ministério da Saúde. “Protocolo de atenção à gestante com hipertensão arterial”. Brasil, 2020.

Este conteúdo foi elaborado para informar e conscientizar, mas lembre-se: sempre consulte seu médico ou profissional de saúde para orientações específicas.


Autor: MDBF

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