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Entenda a Partícula Apassivadora: Guia Completo


A língua portuguesa é cheia de nuances, e uma das áreas que costuma gerar dúvidas entre estudantes e falantes é o uso da partícula apassivadora. Ela desempenha um papel fundamental na construção de frases na voz passiva, contribuindo para a clareza e a ênfase na informação transmitida.

Nosso objetivo neste artigo é explorar detalhadamente o funcionamento, a importância e as aplicações dessa partícula, além de oferecer dicas práticas, exemplos ilustrativos e uma análise completa de sua utilização em diferentes contextos. Se você deseja aprimorar seu entendimento sobre a voz passiva e otimizar sua comunicação, continue com a leitura!


O que é a Partícula Apassivadora?

Definição e Funcionamento

A partícula apassivadora é um termo utilizado na gramática portuguesa para indicar aquele elemento que, ao ser inserido na frase, transforma uma oração na voz ativa em uma sentença na voz passiva.

Em termos simples, muitas frases que no presente fazem destaque ao sujeito que realiza a ação podem ser reformuladas para destacar o objeto sofrente — aquele que sofre a ação — através de uma construção específica.

Por exemplo:

  • Voz ativa: O rapaz quebrou a janela.

  • Voz passiva: A janela foi quebrada pelo rapaz.

Note que, na frase passiva, o foco desloca-se do sujeito que realizou a ação para o objeto que a recebeu, ressaltando sua importância.

A Partícula "Foi" e Outros Verbais

Na nossa língua, a partícula apassivadora costuma estar relacionada ao uso do verbo "ser" ou "haver" no pretérito ou presente, combinados com o particípio do verbo principal, formando assim a estrutura:

Sujeito + verbo de ligação (ser, estar, ficar) + particípio + (por + agente da passiva)

Exemplo:

  • A carta foi enviada pelo gerente.

Note que a palavra "foi" é a partícula que indica a transformação na voz passiva.


Como Identificar a Partícula Apassivadora em uma Frase

Características principais

A melhor forma de identificar a partícula apassivadora é observando algumas características:

  • Presença de um verbo na forma de particípio (terminações em -ado, -ido, -to, -so, entre outras).
  • Uso de formas do verbo "ser", "estar" ou "haver" que indicam tempo verbal.
  • A frase apresenta o foco no objeto que sofre a ação, e não no agente (quem realiza a ação).

Exemplos práticos

Frase na voz ativaFrase na voz passivaPartícula Apassivadora
O artista pintou o quadro.O quadro foi pintado pelo artista.foi
Os engenheiros construíram a ponte.A ponte foi construída pelos engenheiros.foi
A equipe concluiu o projeto.O projeto foi concluído pela equipe.foi

Perceba que o termo "foi" funciona como a partícula apassivadora, indicando a transformação de ativo para passivo.


Tipos de Voz Passiva

Voz Passiva Analítica

Este tipo é o mais comum na língua portuguesa contemporânea e utiliza a combinação do verbo "ser" (ou outros de ligação) + particípio do verbo principal + a preposição "por" (quando há agente).

Exemplo:

O relatório foi entregue pelo gerente.

Voz Passiva Sintética

Menos frequente, essa forma usa uma oração com verbo na forma pronominal, como "se" ou "auto", para indicar a ação de modo impessoal.

Exemplo:

Entregaram-se os relatórios. (Aqui, o agente é implícito ou indeterminado)


Como Utilizar Corretamente a Partícula Apassivadora

Regras essenciais

Para usar de forma correta, lembre-se:

  • Prefira a forma analítica quando desejar enfatizar o agente ou a ação completa.
  • Use a forma sintética para expressar ações impessoais ou com agentes indeterminados.
  • Mantenha a coerência no tempo verbal ao estruturar a frase.

Dicas práticas

  1. Identifique o elemento que deseja destacar na frase: o sujeito que realiza ou o objeto que sofre a ação.
  2. Escolha a estrutura mais adequada: passiva analítica ou sintética.
  3. Use as partículas corretas: "foi", "está", "havia", sempre relacionadas ao tempo verbal da frase.
  4. Mantenha clareza na sentença, evitando ambiguidades.

Importância da Partícula Apassivadora em Textos Acadêmicos e Profissionais

Quando usar?

Nos contextos acadêmicos, jurídicos, jornalísticos e técnicos, a construção com partícula apassivadora é frequente pela capacidade de valorizar o objeto ou a ação, conferindo formalidade e precisão ao texto.

Benefícios de dominar o tema

  • Melhora sua habilidade de escrever com clareza.
  • Permite maior variedade e riqueza na construção de frases.
  • Facilita a elaboração de textos objetivos e bem estruturados.

Tabela: Comparativo entre Voz Ativa e Passiva

AspectoVoz AtivaVoz Passiva
ÊnfaseNo agente (quem realiza a ação)Na relação do objeto com a ação
ExemplosO chef prepara o prato.O prato é preparado pelo chef.
Verbos utilizadosVerbos na forma ativa"Ser" ou "Haver" + particípio
Uso comumConversa informal, narrativa diretaTextos formais, científicos, jurídicos

Frases Exemplares com Partícula Apassivadora

  • O relatório foi publicado ontem.
  • As reformas foram concluídas pela equipe técnica.
  • A decisão foi tomada após análise detalhada.
  • O produto foi entregue na semana passada.
  • As medidas foram adotadas pelos especialistas.

Conclusão

A compreensão e o uso correto da partícula apassivadora representam um passo importante na evolução do seu domínio da língua portuguesa. Quando bem empregados, esses elementos elevam a qualidade da sua comunicação, conferindo maior formalidade e clareza.

Lembre-se sempre de praticar a transformação de frases ativas em passivas, analisando cuidadosamente o contexto e sua intenção de ênfase. Como frase de impacto, podemos citar:

"A forma de expressar nossas ideias é que define a sua clareza e impacto."

Por isso, enfatizamos que a prática constante e a atenção às regras são essenciais para dominar o uso da partícula apassivadora.


FAQ (Perguntas Frequentes)

1. Qual a diferença entre voz passiva e ativa?

A voz ativa destaca o sujeito que realiza a ação, enquanto a voz passiva coloca o foco no objeto que sofre a ação, muitas vezes usando partículas como "foi", "está" ou "havia".

2. Quando devemos usar a partícula "foi"?

Geralmente quando queremos formar a voz passiva analítica no passado, como em "A carta foi enviada". É uma das partículas mais comuns na formação da voz passiva.

3. É correto usar voz passiva em textos informais?

Não é comum, pois a voz ativa é mais direta e facilmente compreendida em conversas cotidianas. A passiva é mais recomendada para textos formais, científicos ou jurídicos.

4. A partícula apassivadora pode variar?

Sim, além de "foi", podemos usar outras partículas como "está", "estava", "havia" dependendo do tempo verbal e da estrutura da frase.


Referências

  • Castilho, Ataulfo. Gramática explicativa da língua portuguesa. São Paulo: Ática, 2008.
  • Celso Cunha e Lindley Cintra. Nova Gramática do Português Contemporâneo. Editora Sena Passado Digital, 2010.
  • Academia Brasileira de Letras. Gramática Moderna da Língua Portuguesa. Brasília: EdUNB, 2013.
  • Dicas de Gramática. https://www.dicasdegramatica.com.br/vozes-verbo-passivo/

Esperamos que este guia completo sobre a partícula apassivadora tenha ajudado você a entender melhor esse aspecto da nossa língua. Continue praticando e aprimorando a sua comunicação!


Autor: MDBF

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