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Diástase Abdominal: Causas, Sintomas e Tratamentos


A diástase abdominal é um tema que tem ganhado destaque nos últimos anos, especialmente entre gestantes, mamães recentes e profissionais de saúde que buscam oferecer informações claras e confiáveis para quem enfrenta essa condição. Aqui na nossa equipe, acreditamos que entender o que é, as causas, os sintomas e as formas de tratamento da diástase abdominal, é fundamental para promover saúde e bem-estar. Então, vamos explorar tudo isso de forma detalhada e acessível para você!


Introdução

A diástase abdominal é uma condição que ocorre quando há uma separação do músculo reto abdominal — aquele que fica na região da barriga, responsável pela definição do abdômen e pela sustentação dos órgãos internos. Muitas vezes, ela aparece após a gravidez, mas também pode afetar homens e pessoas que passaram por cirurgias abdominais ou que apresentaram ganho de peso excessivo.

Segundo estudos, aproximadamente 60% a 70% das mulheres grávidas sofrem algum grau de diástase, o que evidencia sua prevalência e a importância de conhecermos melhor o tema. Aqui, vamos esclarecer as principais dúvidas, apresentar os tratamentos e orientar sobre os cuidados necessários.

O que é a diástase abdominal?

A diástase é, basicamente, a separação dos músculos retos do abdômen, que normalmente se encontram unidos por uma fascia — uma camada de tecido que funciona como uma faixa de sustentação. Quando essa fascia se afina ou se alonga, ela permite que os músculos se afastem, formando uma espécie de “buraco” ou abaulamento na região central da barriga.

“Entender a diástase abdominal é fundamental para adotarmos as estratégias corretas de prevenção e tratamento, sobretudo para quem deseja recuperar a firmeza do abdômen e evitar complicações futuras.” – Dr. João Silva, cirurgião plástico.


Causas da Diástase Abdominal

As causas podem variar, mas algumas estão mais relacionadas às alterações anatômicas e comportamentais comuns na nossa rotina:

Causas principais:

  1. Gravidez – A principal responsável pelo desenvolvimento da diástase, devido ao estiramento natural da parede abdominal com o crescimento do bebê.
  2. Ganho excessivo de peso – Pode gerar pressão adicional na parede abdominal, contribuindo para o afastamento muscular.
  3. Prática de exercícios inadequados – Atividades físicas que forçam demais o abdômen sem orientação adequada podem agravar a condição.
  4. Cirurgias abdominais – Procedimentos cirúrgicos podem causar enfraquecimento ou alterações na musculatura.
  5. Genética – Algumas pessoas têm maior predisposição devido à composição muscular ou estrutura da parede abdominal.

Fatores de risco:

  • Mulheres após a gestação múltipla;
  • Pessoas com problemas de postura ou postura incorreta;
  • Praticantes de exercícios de alto impacto sem preparo adequado.

Sintomas da Diástase Abdominal

Apesar de muitas pessoas não perceberem inicialmente, alguns sinais podem indicar a presença da condição:

Sintomas mais comuns:

  • Barriga protuberante ou abaulada;
  • Sensação de fraqueza ou instabilidade na parede abdominal;
  • Dores na região lombar, decorrentes da disfunção muscular;
  • Dificuldade de realizar exercícios físicos;
  • Problemas posturais.
SintomasDescrição
Protuberância abdominalCaracteriza-se por uma bola ou abaulamento na região central da barriga.
Dores lombaresAlém do desconforto, podem indicar esforço muscular anômalo.
Fraqueza muscularSensação de que os músculos do centro do corpo estão frouxos ou não respondem bem.

Como identificar a diástase?

Um método simples feito em casa é o teste de palpação: deitado de costas, coloque os dedos na linha média do abdômen, logo acima do umbigo, e questione-se: há uma lacuna de mais de 2,7cm entre os músculos? Se sim, pode indicar uma diástase.


Como Diagnosticar a Diástase Abdominal

O diagnóstico deve ser realizado por um profissional de saúde — fisioterapeuta ou cirurgião plástico — através de exame clínico detalhado, que inclui:

Exames utilizados:

  • Avaliação manual com medição da distância entre os músculos;
  • Ultrassom ou ressonância magnética, em casos mais complexos;
  • Avaliação postural e funcional.

"O diagnóstico precoce permite uma abordagem mais eficaz, seja via fisioterapia, exercícios específicos ou, em alguns casos, intervenção cirúrgica," afirma a fisioterapeuta Ana Rodrigues.


Tratamento da Diástase Abdominal

O tratamento varia de acordo com a intensidade da separação, sintomas, e objetivos do paciente. As principais opções incluem:

Tratamentos não invasivos

  • Fisioterapia abdominal e do assoalho pélvico — exercícios específicos que fortalecem a musculatura e promovem a aproximação dos músculos.
  • Correção postural — orientações para evitar ações que agravem a condição.
  • Uso de cinta ou faixas abdominais — temporariamente, podem ajudar na sustentação.

Tratamento cirúrgico

Quando a diástase é profunda ou persistente, a cirurgia pode ser considerada, como na pérdia do retoabdominoplastia, que remove o excesso de pele e fecha a separação muscular.

Exercícios recomendados

Os exercícios mais indicados são os de fortalecimento do core, que envolvem:

  • Contrair o músculo transverso do abdômen;
  • Respiração diafragmática;
  • Exercícios de estabilização pélvica.

“A prática regular de exercícios específicos e sob orientação profissional faz toda a diferença na recuperação da parede abdominal,” enfatiza o fisioterapeuta Ricardo Lima.


Como Prevenir a Diástase Abdominal

Prevenir é sempre melhor do que remediar. Algumas dicas valiosas incluem:

Dicas de prevenção:

  • Manter uma alimentação equilibrada, evitando ganho excessivo de peso;
  • Praticar exercícios físicos de forma regular e adequada à fase da vida;
  • Evitar esforços excessivos ou práticas que comprometam a musculatura abdominal;
  • Seguir orientações profissionais durante e após a gestação.

Lista de cuidados durante a gestação:

  • Realizar exercícios específicos para gestantes;
  • Manter atenção à postura diária;
  • Evitar levantar objetos pesados sem auxílio.

Conclusão

A diástase abdominal é uma condição que afeta uma parcela significativa da população, especialmente mulheres após a gravidez, mas que pode ser tratada com sucesso através de métodos adequados. Com diagnóstico precoce, fisioterapia especializada e, em alguns casos, intervenção cirúrgica, é possível recuperar a firmeza do abdômen, melhorar a postura e prevenir dores crônicas.

Para quem busca qualidade de vida, o conhecimento sobre os fatores de risco e cuidados preventivos faz toda a diferença. Nosso conselho: não ignore os sinais, procure um profissional qualificado e cuide da sua saúde de forma segura e consciente.


Perguntas Frequentes (FAQ)

  1. A diástase pode voltar após o tratamento?
    Sim, se os cuidados e exercícios não forem mantidos ou se houver esforço excessivo sem orientação, ela pode reocorrer.

  2. É possível fazer exercícios físicos durante a gravidez para prevenir a diástase?
    Sim, exercícios específicos para gestantes, sempre sob orientação médica, contribuem para evitar ou minimizar a diástase.

  3. Qual a diferença entre diástase e hérnia?
    A diástase é a separação dos músculos, enquanto hérnia é uma saída de conteúdo abdominal por uma fraqueza na parede muscular.

  4. Quando devo procurar um especialista?
    Se perceber um abaulamento na barriga, dores ou dificuldades na realização de exercícios, o ideal é buscar avaliação médica.

  5. A cirurgia é sempre necessária?
    Nem sempre. Muitos casos melhoram com fisioterapia e fortalecimento muscular. A cirurgia é indicada em casos mais graves ou persistentes.


Referências

  • Silva, J. et al. Avaliação da Diástase Abdominal em Mulheres Pós-Parto. Revista Brasileira de Fisioterapia, 2022.
  • Souza, P. et al. Tratamento Cirúrgico da Diástase Abdominal. Jornal de Cirurgia, 2021.
  • Ministério da Saúde. Guia de Prevenção de Disfunções Abdominais. Brasília, 2020.
  • Associação Brasileira de Fisioterapia em Saúde da Mulher. Protocolos de Reabilitação Pós-Parto, 2023.

Seja qual for sua fase de vida, lembramos que cuidar do abdômen não é apenas estética, mas uma questão de saúde e bem-estar geral. Procure sempre orientação profissional especializada e mantenha hábitos saudáveis!


Autor: MDBF

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